Cidades do Tocantins registram volume de chuva acima da média em janeiro; veja ranking
O aumento das chuvas em algumas regiões foi causado por duas zonas de convergência do Atlântico Sul. O estado segue com alerta de chuvas intensas. Chuva forte registrada em Palmas
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
Algumas cidades do Tocantins registraram um crescimento no volume de chuvas previstas para janeiro. Em Palmas e Porto Nacional, o volume praticamente dobrou se comparado a média do mês. O estado está há nove dias com alertas de chuvas intensas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.
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Na capital, foram registrados 422,2 milímetros de águas das chuvas em janeiro deste ano, número maior se comparado ao mesmo período do ano passado, onde foram contabilizados 327,8 milímetros.
A média climatológica é feita a partir de um comparativo de dados coletados nos últimos 25 ou 30 anos. Nas cidades onde o período de coleta é curto, não é possível ter uma média. Veja os volumes de chuvas registrados nas cidades com estações meteorológicas, do maior para o menor:
Pium – 465,6 mm
Porto Nacional – 429,5 mm (média de 270,2 mm)
Palmas – 422,2 mm (média de 282,3 mm)
Araguatins – 399,8 mm
Gurupi – 372,2 mm
Mateiros – 343,8 mm
Taguatinga – 306,7 mm (média de 264,1 mm)
Peixe – 283,4 mm (média de 282,3 mm)
Segundo a meteorologista do Inmet, Elizabete Ferreira, esse aumento foi provocado por duas zonas de convergência do Atlântico Sul que atuaram no mês de janeiro.
“Foi por conta da atuação da zona de convergência do Atlântico Sul, que teve duas atuando no mês de janeiro e contribuiu para esse quantitativo de chuva em algumas cidades. Em alguns municípios foi um pouco mais, outros dentro da média, outros um pouquinho acima da média, então teve essa irregularidade de distribuição de chuva dentro do Tocantins”, explicou.
A previsão para fevereiro é um volume de chuvas dentro ou um pouco acima da média. As temperaturas devem ficar altas em praticamente todo o país, segundo Inmet.
Marcações em azul indicam áreas onde há previsão de chuvas
Reprodução/Inmet
A meteorologista também explica que o atraso do período chuvoso foi por causa do fenômeno El Niño, que vai até abril deste ano.
“O El Niño trouxe para a região do Tocantins o atraso no retorno do período chuvoso, teve umas complicações em relação à quantidade de chuva. Principalmente em dezembro que ainda estava sem ocorrência de chuva em algum local, ou abaixo da média”, disse Elizabete.
Cheias e impactos
Ponte na TO-491 é destruída após cheia no rio Almas
Divulgação
Por causa das chuvas fortes, rios da região sul do estado encheram e causaram estragos em algumas cidades. Na TO-491, entre Peixe e São Salvador, a cabeceira da ponte que fica sobre o rio foi levada pela água. Já na TO-296, a estrutura da ponta foi danificada após chuva.
Por causa do grande volume de água, o rio Mutum que passa por Palmeiropolis encheu e bloqueou a passagem de moradores. Também teve cheias no rio Tucum, que encobriu pontes e deixou populações isoladas.
Até esta quarta-feira (31), o trecho da ponte na TO-491 segue interditada e sem previsão de liberação do trânsito. Já os bueiros que foram destruídos na TO-296 e TO-490 estão em obras.
As chuvas também causaram um deslizamento de uma barreira que fica às margens da avenida Transbrasiliana, paralela à BR-153, em Paraíso do Tocantins.
Cratera que se formou com as chuvas
Divulgação
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