Moradores que ficaram desabrigados após tempestade buscam soluções para prejuízos: ‘uma vida inteira destruída’
Chuva e vento forte deixaram imóveis destelhados. Segundo a Prefeitura de Palmas, os reparos que estão sendo feitos nos imóveis devem ser finalizados logo. Casas em Palmas estão interditadas após chuvas, moradores não sabem para onde ir
Casas destelhadas, alagadas e eletrodomésticos molhados. Essa é a situação dos apartamentos de dois condomínios atingidos por uma tempestade em Palmas. A costureira Eledrianda Paulina, mora no residencial Porto Real, local afetado pela chuva. Ela conta que que teve vários materiais destruídos e nunca tinha passado por um susto tão grande.
“De todo o tempo que eu vivo, esse foi o maior susto que passei na minha vida. Eu pensei que ontem era o fim de tudo. Faço de tudo para andar correta, mas agora quem vai me ressarcir com o prejuízo das máquinas, dos calçados, do meu balcão, coisas de costura? Porque a água bateu muito forte aqui”.
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Reprodução/TV Anhanguera
A tempestade aconteceu nesta quarta-feira (9). No Residencial Copacabana, na 1.304 Sul, seis apartamentos foram atingidos e estão interditados, sendo que dois foram totalmente destelhados e quatro, parcialmente. O contador que mora no condomínio, Gabriel Dias, teve até o forro da casa arrancado por causa dos ventos fortes.
“Foi muito difícil, nós vimos todo o nosso trabalho praticamente de uma vida inteira ser destruído de um minuto para o outro. É um susto muito grande a gente chegar e ver a casa da gente toda destruída, é um susto muito grande”, disse.
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Telhas e muro do residencial Copacabana caíram após tempestade
Divulgação
A Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Habitação estiveram no local e deram assistência para retirar os pertences dos moradores. Segundo a Prefeitura de Palmas, os reparos que estão sendo feitos nos imóveis não possuem grande complexidade, demandando pouco tempo para a finalização. (Veja a nota completa abaixo)
A advogada do condomínio, Kennya Rangel, diz que irão buscar na justiça a reparação dos danos. “O condomínio agora vai buscar entrar com uma cautelar antecedente para conseguir uma liminar para que os serviço do reparo da telha sejam feitos imediatamente, mas com a devida segurança. A gente vai buscar juridicamente para que os moradores tenham essa segurança com essa nova telha que vai ser colocada, em ter a assinatura e responsabilidade de um engenheiro e que seja de forma eficaz”, explicou.
Telhas do residencial Porto Real voaram
Divulgação
A síndica, Susana Carvalho, do condomínio Porto Real, disse que a prefeitura esteve no condomínio hoje pela manhã, mas nenhum reparo começou a ser feito. “O acordado foi que eles realmente nos ajude porque nosso residencial só tem dois anos e três meses. E a gente tem uma seguração de que eles tem que nos acompanhar até cinco anos”.
Ainda segundo a síndica, alguns moradores dormiram na casa de parentes, outros dormiram em casas de pessoas conhecidas e teve uns que ficaram no condomínio.
Veja a nota na íntegra:
A prefeitura de Palmas informa que as fortes chuvas da última quarta-feira, 8, causaram danos a diversas estruturas na região sul da capital, incluindo as casas de 10 das 288 famílias contempladas nos dois empreendimentos afetados.
Equipes da Secretaria Municipal da Habitação (Sehab), Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp) seguem nos locais dando suporte às famílias e listando os itens a serem recuperados para que os reparos sejam feitos e as famílias retornem às suas casas em segurança. A gestão reitera que os reparos que estão sendo feitos nos imóveis não possuem grande complexidade, demandando, assim, pouco tempo para a finalização.
Os moradores afetados estão sendo orientados a procurarem casas de familiares e amigos. Os que não têm essa disponibilidade estão sendo alojados em uma igreja próxima.
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