Policial ferido após tiroteio no RJ diz que viatura entrou por engano em comunidade ao pegar ‘rota alternativa’
Equipe da Força Nacional estava em patrulhamento e entrou na região do Vigário Geral. Segundo subtenente da PM Tocantins, que estava no veículo, local enfrenta brigas entre facções. Militar do Tocantins Marcos Rodrigues Matos ficou ferido no Rio de Janeiro
Divulgação/Anderson Salles/TV Globo
Um policial do Tocantins que integra a Força Nacional ficou ferido durante uma ação no Rio de Janeiro (RJ). Marcos Rodrigues Matos, subtenente da Polícia Militar, estava em uma viatura que entrou por engano na Comunidade de Vigário Geral e foi atacada por pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Eles tentavam fazer uma rota alternativa para ajudar outra equipe acabaram entrando em uma zona de conflito de facções.
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A ação aconteceu por volta das 19h de segunda-feira (22). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a equipe fazia patrulhamento na Avenida Brasil, em trecho que próximo à entrada da comunidade.
“A gente estava em patrulhamento e fomos prestar um apoio a uma equipe nossa e aí acabamos entrando em uma rota alternativa. E não tinha identificação, a princípio, visível pelo horário noturno e adentramos na comunidade”, disse o policial.
A viatura teria seguido por uma entrada desconhecida e quando fez o retorno para voltar à via, foi atingida por disparos de arma de fogo. Os estilhaços feriram o policial do Tocantins e um da Paraíba, que também foi atingido por um tiro de raspão na cabeça.
Os militares feridos receberam ajuda de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foram levados para o Hospital de Emergência Estadual. Um deles recebeu alta depois de ser atendido e o outro segue internado em observação.
À TV Anhanguera, o subtenente Matos comentou que enquanto os tiros acertavam a viatura e como ele estava sentado no banco de trás, foi atingido com os estilhaços.
“Adentramos na comunidade de Vigário Geral. Nela está ocorrendo uma guerra de facções e quando adentramos, já de imediato visualizamos uma barricada, que a princípio não mostrava que era uma área controlada pelo tráfico e aí já veio os disparos”, relembrou o militar tocantinense.
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Matos comentou que os tiros feriram um sargento que estava conduzindo a viatura e a equipe tentou fazer uma tentativa rápida de sair do local de marcha ré, mas não conseguiu.
“A viatura ficou presa em um obstáculo de concreto então desembarcamos e nos abrigamos em um ponto seguro, que era uma esquina onde tinha uma residência. Solicitamos apoio e ficamos socorrendo o colega. E fazendo a contenção para que os criminosos não chegassem até a gente”, explicou o subtenente.
O motorista da viatura, que é da Paraíba, ficou com uma bala alojada entre o crânio e o couro cabeludo e está em recuperação. Matos se feriu com estilhaços de metal, fragmentos da munição que atingiu o colega. Após passar pela unidade de saúde e receber curativos, passa bem.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamentou o ataque e informou que foi registrado na 38ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. O diretor da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Fernando Alencar, foi para a capital fluminense para acompanhar o caso.
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