Promotoria e defesa serão intimadas para alegações finais em processo contra suspeitos de planejar emboscada para matar mulher
Segunda audiência aconteceu nesta quinta-feira (8). Ministério Público pediu vistas para apresentar memoriais, segundo o Tribunal de Justiça. Ana Zilda Santos Almeida foi espancada no dia 5 de outubro
Divulgação
A segunda audiência de instrução sobre o assassinato de Anazilda Santos, realizada na tarde desta quinta-feira (8) ainda não definiu se os três acusados pelo crime vão ou não a júri popular. Os réus foram interrogados nesta etapa e uma testemunha de defesa foi ouvida em Araguaína, norte do estado.
A vítima foi espancada no dia 5 de outubro de 2023 e morreu uma semana depois. Os réus são Francisca da Silva Batista, a filha Lara Eduarda Batista da Cruz, apontadas como mandantes, e Welerson da Silva Monteiro, de 32 anos, que seria o agressor de Anazilda. Os três respondem por homicídio triplamente qualificado, emboscada e furto, já que a bolsa e o celular da vítima foram levados.
Ao fim dos interrogatórios, o Tribunal de Justiça informou que o Ministério Público pediu vistas do processo para apresentar memoriais, o que foi deferido pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, que conduziu a audiência.
Uma ata será publicada nesta sexta-feira (9) e a partir deste dia, promotoria e defesa serão intimadas para as alegações finais. O prazo será de cinco dias.
Após essa etapa, o magistrado vai proferir a decisão de pronúncia ou impronúncia, ou seja, se os acusados vão ou não a júri popular.
A primeira audiência estava marcada para o dia 18 de janeiro, mas foi suspensa porque três testemunhas não teriam sido encontradas e intimadas pelo judiciário.
O advogado, Daniel Bispo, que faz a defesa de Francisca e Lara, informou após a audiência que não iria se manifestar nesse momento.
A Defensoria Pública foi indicada automaticamente para a defesa de Welerson, já que não apresentou advogado para o processo. O órgão informou que “atua de forma a garantir aos seus assistidos um julgamento com amplo direito à defesa”.
Anazilda foi morta com golpes de capacete na cabeça
Arquivo Pessoal
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Relembre o caso
O assassinato aconteceu em outubro de 2023. Na época testemunhas contaram à Polícia Militar que um homem chegou fazendo ameaças e exigindo a bolsa de Anazilda. Ela não teria atendido imediatamente e em seguida, o criminoso passou a agredi-la na cabeça.
No momento em que foi abordada pelo agressor Anazilda estava conversando com a tia ao telefone, segundo o primo da vítima Edmilson Lopes dos Santos. Ele disse também que a prima já teria brigado com uma das suspeitas presa como supostas mandante do crime.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o suspeito bateu a cabeça da mulher na quina de um poste diversas vezes, situação que causou traumas e perda de massa encefálica. Anazilda ficou internada no Hospital Regional de Araguaína, por dias. A morte encefálica foi confirmada no dia 12 de outubro do ano passado.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPTO), Francisca se uniu à filha Lara Eduarda e juntas convenceram Welerson a matar Anazilda. Elas teriam contado ao homem que a vítima testemunharia em um processo que causaria a perda da guarda da filha mais nova de Francisca.
Conforme a denúncia, Welerson gosta muito da menina e por isso aceitou cometer o homicídio. Na realidade, Francisca teria ciúmes de Anazilda que estava em um relacionamento amoroso com o ex-companheiro da mandante.
Francisca, que é denunciada por ser a mandante do crime, está em prisão domiciliar por ser cadeirante. Já Lara Eduarda e Welerson da Silva seguem presos.
Suspeito do crime foi localizado e preso pela polícia
PC/Divulgação
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