Exército finaliza envio de blindados a Roraima e reforça segurança na fronteira com Venezuela e Guiana
Blindados saíram de Campo Grande (MS) em 17/01
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 10/08/2021
O Exército brasileiro finalizou o envio de 28 blindados para Roraima, segundo informou o governo federal neste domingo (4). O objetivo é reforçar a segurança na fronteira com a Venezuela e a Guiana depois do aumento da tensão entre os dois países por causa da disputa pelo território de Essequibo, região rica em petróleo (entenda mais abaixo).
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A transferência dos veículos para a região Norte faz parte da Operação Roraima. Os blindados saíram de Campo Grande (MS) em 17 de janeiro e chegaram a Manaus na semana passada, após percorrerem mais de 3,5 mil quilômetros. Em seguida, foram deslocados até Roraima, informou o governo.
O comboio que chegou a Roraima foi composto por:• 14 Viaturas Blindadas Multitarefa 4×4 Guaicurus (todas equipadas com sistemas de armas remotamente controlados, meios optrônicos de visão termal e módulos de comando e controle);• 8 Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas Guarani; e• 6 Viaturas Blindadas de Reconhecimento Média Sobre Rodas EE-9 Cascavel;
• além de outras viaturas administrativas.
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O Centro de Comunicação Social do Exército informou, por meio de nota, que “a chegada dos blindados é resultado do planejamento do Exército Brasileiro voltado para reforçar e priorizar a Amazônia” e a estrutura da unidade militar de Roraima tem sido ampliada de esquadrão para regimento.
“Após a transformação completa da unidade, prevista para 2025, o Regimento passará a ter três esquadrões e um efetivo de cerca de 600 militares”, informou o Exército.
Essequibo é rico alvo de disputa centenária
A Venezuela ameaça invadir Essequibo, território rico em petróleo, alvo de uma disputa centenária, e afirma que a região faz parte do país, como em 1777, quando era colônia do reino da Espanha.
O país sul-americano apela ao acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899, que definiu os limites atuais.
A Guiana defende esse laudo e pede que ele seja ratificado pela Corte Internacional de Justiça, cuja jurisdição Caracas não reconhece.