Israel diz que grupo terrorista Hamas executou uma soldado do país dentro de hospital em Gaza
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, a soldado Noa Marciano foi morta por terroristas do Hamas após ser feita refém
Reprodução/X – 19.11.2023
O exército de Israel disse, neste domingo (19), que a soldado Noa Marciano foi executada por membros do Hamas dentro do hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. A declaração contradiz a alegação dos terroristas de que a jovem de 19 anos foi morta por um bombardeio israelense.
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Marciano “foi tomada como refém pelos terroristas do Hamas durante o massacre de 7 de outubro (…) e foi levada para Gaza com vida”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, em uma entrevista coletiva.
Apesar de a jovem ter sido ferida durante os combates entre as forças israelenses e os terroristas, “um relatório patológico independente determinou que os ferimentos de Noa não representavam risco para sua vida”, acrescentou Hagari.
Ele também afirmou que, de acordo com informações de inteligência, “os terroristas do Hamas levaram Noa para o Hospital Al Shifa, onde ela foi assassinada rapidamente”.
“O Hamas matou Noa dentro do Hospital Al Shifa. Nossos pensamentos estão com sua família”, enfatizou. Veja a íntegra do pronunciamento do porta-voz:
On November 9, CPL Noa Marciano was injured from an IAF strike and the terrorist holding her hostage was neutralized. Following a preliminary pathological report, it was revealed that Noa’s injury was not life-threatening. Noa was murdered by a Hamas terrorist in the Shifa… https://t.co/11I9bAJf0j pic.twitter.com/F9W5gjJkIF— Israel Defense Forces (@IDF) November 19, 2023
Versão dada pelo Hamas era diferente
As declarações contradizem as das Brigadas al Qassam, o braço armado do Hamas, de que Marciano foi morta por um bombardeio israelense em 9 de novembro.
Na última segunda-feira, o Hamas divulgou um vídeo que mostrava Marciano, supostamente em seu quarto dia de cativeiro, pedindo a interrupção dos bombardeios porque os reféns “podem morrer”, além de várias fotos dela, aparentemente morta, com um grave ferimento na cabeça e sem um pé.
O local onde o vídeo foi filmado não pode ser identificado, pois ela é vista apenas lendo um pedaço de papel com uma bandeira do grupo islâmico ao fundo.
Pouco antes da divulgação do vídeo, o porta-voz das Brigadas al-Qassam, Abu Obeida, acusou Israel de recusar um acordo para trocar reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
A guerra até aqui
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista que incluiu disparos de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 integrantes que mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 240 em vilarejos israelenses que fazem fronteira com a Faixa, incluindo Marciano.
De todos os sequestrados – incluindo mulheres, bebês e idosos – quatro mulheres civis foram libertas, uma soldado foi resgatada e duas pessoas foram confirmadas como mortas: Marciano e Yehudit Weiss, uma mulher israelense de 65 anos.
Também neste domingo, as forças israelenses afirmaram que o Hamas mantinha alguns dos reféns no hospital Al-Shifa e divulgou imagens registradas em 7 de outubro dentro do hospital, mostrando integrantes do grupo levando dois dos civis capturados, um nepalês e um tailandês. Um deles estava andando, e o outro em uma maca, sangrando e com as mãos amarradas.
O que andava “não parece precisar de tratamento médico, mas ainda está sendo levado para dentro do hospital”, disse Hagari, enfatizando que “o Hamas tem se escondido e matado os reféns no hospital Shifa”. O porta-voz disse que as tropas israelenses ainda não conseguiram localizar os homens que aparecem no vídeo.
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As tropas israelenses alegam que o Hamas construiu uma infraestrutura subterrânea na área do hospital Al-Shifa, o mais importante centro médico do enclave palestino, para instalar seu quartel-general.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel afirmaram ter encontrado um “túnel fortificado” de 55 metros de comprimento e 10 metros de profundidade sob o hospital Al-Shifa, que está fora de serviço regular há vários dias e foi esvaziado, com exceção de cerca de 300 pacientes em estado grave e da equipe médica.
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