Presidente de Israel se reúne com governadores Tarcísio e Caiado, que criticam falas de Lula sobre Gaza
Caiado e Tarcísio se reuniram com Herzog
Redes sociais/Reprodução — 19.3.2024
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontraram nesta terça-feira (19) com o presidente de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém. “Peço desculpas em nome do meu povo, de nós brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT], que ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação — a mais desastrosa possível — agredindo o povo judeu”, afirmou Caiado.
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“Agradeço a vossa excelência e, se tiver a oportunidade de estar em nosso país, saiba que é uma honra para nós. São Paulo e Goiás podem recebê-lo com todo carinho e mostrar também o quanto o povo [brasileiro] a respeito do povo judeu”, completou o governador goiano.
Assista a um trecho da fala:
O convite, feito pelo governo israelense, se estendia também ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está impedido de deixar o país por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).
Entenda a polêmica
A declaração que causou a crise diplomática do Brasil com Israel ocorreu em 18 de feveiro, depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Adeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse Lula.
A frase fez com que o governo de Benjamin Netanyahu o declarasse como “persona non grata” no país até que haja uma retratação das declarações.
Na ocasião, o presidente de Israel, Isaac Herzog, condenou a declaração do colega brasileiro. Herzog disse haver uma “distorção imoral da história” e apela “a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações”.
Entidades e organizações também criticaram a declaração de Lula. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou a fala. A instituição classificou a afirmação como “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.