Bombardeio em campo de refugiados em Gaza deixou pelo menos 45 mortos, diz Hamas
O campo de refugiados de Maghazi, na região central da Faixa de Gaza, após bombardeio
Mohammed Fayq Abu Mostafa/Reuters 03.11.23
Pelo menos 45 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas após um bombardeio na noite deste sábado (4) contra o campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, de acordo com um novo balanço divulgado neste domingo (5) pelo Ministério da Saúde do Hamas, grupo terrorista que controla a região.
“O número de mártires do massacre de Maghazi subiu para 45”, afirmou o Ministério da Saúde do grupo terrorista, que governa o enclave palestino, em um comunicado. As informações não puderam ser verificadas de forma independente. Em um balanço anterior, o porta-voz do Ministério, Ashraf al Qudra, reportou 30 mortos.
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O Hamas afirmou no Telegram que Israel bombardeou “diretamente” residências e acrescentou que a maioria das vítimas “é de crianças e mulheres”.
Muhammad Alaloul, um fotógrafo da agência turca Anadolu, cuja casa foi parcialmente destruída, disse à AFP que seus quatro filhos, Ahmed, Qais, Rahaf e Kenan, assim como seus quatro irmãos, morreram no bombardeio.
Um porta-voz militar israelense, contatado pela AFP, declarou que estavam investigando se as forças israelenses operavam na área durante o bombardeio.
Na sexta-feira (3), o Exército israelense admitiu ter atacado uma ambulância em frente ao hospital Al-Shifa, alegando que era “utilizada” pelo Hamas. Esse bombardeio deixou 15 mortos e 60 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
No sábado (4), o Hamas informou que 15 pessoas morreram quando um dos bombardeios israelenses atingiu uma escola da ONU que servia de abrigo para palestinos deslocados no campo de Jabalia.
Israel prometeu destruir o Hamas após o brutal ataque de 7 de outubro em solo israelense, no qual morreram mais de 1.400 pessoas, principalmente civis. Entre os mortos também há mais de 300 militares.
Durante o ataque, mais de 240 pessoas, israelenses e estrangeiras, foram feitas reféns, segundo o Exército israelense. Entre as pessoas capturadas também há militares.
Nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, morreram quase 9.500 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades do Hamas.